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Diabetes mellitus não tem cura, mas animal diagnosticado pode desfrutar de uma vida saudável

Matéria com a participação da médica veterinária e endocrinóloga de pequenos animais na Clinicão Guaratinguetá, Tatiana Harumi Saito.

Para não comprometer o bem-estar e longevidade dos animais de estimação, é preciso se atentar aos cuidados com a saúde dos pets. Assim como nós, humanos, os pets também podem desenvolver diabetes. Conhecida como diabetes mellitus, a doença atinge cerca de 5% dos cães, comum na espécie, e rara em gatos. É uma doença endócrina, sem cura, que consiste em uma desordem no pâncreas em que suas células produtoras do hormônio insulina, por alguma razão, deixam de secretá-lo ou diminuem sua secreção, ou ainda ocorre a chamada resistência à insulina.

De acordo com a médica-veterinária e endocrinóloga de pequenos animais na Clinicão (Guaratinguetá/SP), Tatiana Harumi Saito, a insulina é o hormônio responsável por controlar o açúcar do sangue e, sua falta, ou a incapacidade desse hormônio de exercer a sua função, leva ao aumento dos níveis de glicose na corrente sanguínea (acima de 120 mg/dL). “As principais causas no surgimento da diabetes ocorrem devido a fatores genéticos, inflamatórios, hormonais, imunológicos ou nutricionais, tanto em cães ou gatos, normalmente de meia-idade a idosos”, comenta.

As principais causas no surgimento da diabetes ocorrem devido a fatores genéticos, inflamatórios, hormonais, imunológicos ou nutricionais
(Foto: reprodução)

Segundo a profissional, é muito importante o tutor observar se o animal apresenta aumento na ingestão de água, urina em excesso, perda de peso e aumento do apetite. Caso apresente esses sinais, um veterinário deverá ser consultado. “O diagnóstico da doença requer uma avaliação minuciosa com exames complementares, associado ao histórico do animal. Uma completa avaliação na saúde do paciente diagnosticado com diabetes é recomendada para identificar qualquer doença que possa estar causando ou colaborando com a diabetes”, explica.

A doença é classificada em dois tipos, o tipo 1 e o tipo 2. “O tipo 1 é mais comum em cães, e está relacionada com a perda ou disfunção da secreção de insulina, já o tipo 2, é mais frequente em felinos. Este tipo está relacionado com a diminuição da sensibilidade à insulina nos tecidos”, destaca.

O tratamento da diabetes, conforme frisado por Tatiana, requer muita dedicação do responsável pelo animal. “Isto acontece, pois, são necessários monitoramentos constantes no nível de glicemia, dose da insulina, nutrição adequada e ingestão de água, que deverá ocorrer durante todo o tratamento. A diabetes é uma doença que não tem cura, mas com o tratamento adequado, acompanhamento veterinário e dedicação do seu responsável, é possível que o animal tenha qualidade e expectativa de vida similar à de um animal não diabético”, finaliza.

Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD

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